Depressão pós-parto num parceiro

Obviamente, a experiência física de se tornar pai ou mãe é muito diferente para o progenitor que deu à luz, mas mesmo que a DPP seja mais comum entre as mães que deram à luz, pode de facto afetar todos os pais. No entanto, o conhecimento é limitado no que diz respeito à depressão no parceiro que não deu à luz; este fenómeno só recentemente começou a ser estudado - principalmente nos pais. Muito pouca investigação foi efetuada sobre as mães que não deram à luz. Apesar da escassez de investigação neste momento, é bom saber que todos os pais podem ser afetados e que é igualmente importante procurar ajuda!

A depressão pode apresentar-se de forma diferente nos homens

Por vezes, os homens têm sintomas de depressão diferentes dos das mulheres. As mulheres tendem a sentir-se desesperadas e envergonhadas por não terem a "energia" necessária para serem os pais que querem ser. Os homens tendem a banalizar e a desvalorizar o seu sofrimento emocional. É mais comum os homens utilizarem termos como "stress" do que "depressão", ao mesmo tempo que se tornam cada vez mais retraídos. Por vezes, podem sentir irritação em vez do mau humor típico da depressão. É claro que isto é uma generalização: todos somos indivíduos e reagimos aos desafios de forma diferente, mas é útil saber que os sintomas não se manifestam necessariamente da mesma forma. Se ambos os parceiros de uma relação sofrerem de depressão após a chegada do bebé, é especialmente importante saber que a forma como o seu estado emocional se apresenta pode muitas vezes ser muito diferente. O sucesso na deteção da depressão no progenitor não parturiente varia de local para local. É também bastante comum que os parceiros não se atrevam a falar e a dizer como se estão a sair nestas novas circunstâncias.

Porque é que os pais e as mães que não dão à luz ficam por vezes deprimidos?

Não sabemos exatamente porque é que os co-pais ficam deprimidos depois do nascimento do bebé, mas o risco de serem afetados é maior se já tiveram depressão no passado. Também é mais elevado se o seu parceiro tiver depressão, porque, como é óbvio, um tem impacto sobre o outro. Pode ter um grande impacto em si se se sentir impotente e não souber como apoiar a pessoa que ama. Quando ambos se sentem em baixo, também é mais difícil ajudarem-se e aliviarem-se mutuamente. Por isso, é especialmente importante procurar ajuda profissional e, ao mesmo tempo, avaliar a sua rede pessoal para ver que ajuda pode obter com o bebé e com as tarefas práticas em casa.

Como é que se fica saudável?

Falar com o outro progenitor, que provavelmente sente que algo não está bem, é muitas vezes um bom primeiro passo, porque a depressão é um fardo muito pesado para se carregar sozinho. Pôr os seus sentimentos em palavras não é apenas temporariamente agradável - também tende a ser uma grande parte do processo de cura.

No entanto, se o seu cônjuge estiver deprimido, terá de obter ajuda de outra pessoa. A terapia da conversa tem demonstrado bons resultados e é também uma boa opção para si se o seu parceiro se sentir em baixo, apenas para manter a sua própria saúde! A participação em vários grupos de pais também se tem revelado eficaz, porque lhe dá a oportunidade de falar com outras pessoas numa situação semelhante.

E é importante tentar cuidar de si: dormir o suficiente, comer bem e manter as suas rotinas diárias, mesmo que nem sempre seja fácil com o seu novo membro da família em casa. Trabalhar mais raramente é uma boa solução; em vez disso, é preciso abrandar um pouco as coisas. Se necessário, pode pedir ajuda a um médico para entrar em baixa por depressão. Analise a sua rede de contactos e o tipo de apoio que pode obter para ter a oportunidade de dormir. Quanto mais cedo resolver esta questão, mais rapidamente poderá recuperar a sua saúde.

Note-se que todas as informações acima se baseiam em recomendações suecas.