Chegou a altura de falar de cocó, um assunto com o qual provavelmente se vai sentir surpreendentemente confortável nos próximos anos. Os intestinos do bebé já se desenvolveram ao ponto de os nutrientes poderem ser absorvidos no líquido amniótico que o bebé engole. Nesta altura, a maior parte dos nutrientes continua a vir da mãe, através da placenta, mas alguns estão agora a passar pelo sistema intestinal e a chegar suavemente ao intestino grosso. É aí que o encontramos: o primeiro cocó do bebé, ou mecónio, como também é chamado. Durante o resto da gravidez, vão-se juntando mais e sairá como uma prendinha para quem mudar a primeira fralda (a não ser que o bebé faça cocó no líquido amniótico, ou logo quando sai). Não é só o cocó que é novo; a medula óssea do bebé começou agora também a ajudar o fígado e o baço a produzir células sanguíneas. Os anticorpos, que protegem o bebé das doenças quando sai, provêm do sangue da mãe. Por volta desta altura, normalmente também se começa a ouvir o coração do bebé a bater com um estetoscópio. Pode ser difícil distinguir se é o coração da mãe ou do bebé, mas por cada batida do coração da mãe, o coração do bebé bate duas vezes - por isso, ouça essa pequena batida rápida.

Grávida

Preocupações e nervosismo

Quais são os seus pensamentos no período que antecede o parto? Já começou a sentir-se real? Como em tudo o resto, a forma como se sente será muito individual. Pode desejar conhecer o seu filho e deixar de ter um corpo a mais dentro do seu. Entretanto, também é bastante comum que o parto desperte alguma ansiedade, e talvez até medo. Se está à espera de um bebé juntamente com o seu parceiro, pode ter começado a preocupar-se com a possibilidade de lhe acontecer alguma coisa. Por muito estranho que possa parecer a outra pessoa, pode ser bastante alarmante ver o seu companheiro a subir uma escada! É perfeitamente natural sentir-se assim antes do parto, em relação ao seu parceiro e ao facto de se tornar mãe. Esta ansiedade pode ser explicada, em parte, de forma puramente biológica: quando o bebé nascer, você é de importância vital para a criança, e é por isso que quer evitar expor-se ao perigo. Habituar-se a não ter o controlo total é uma parte importante do processo de ser pai ou mãe. Ter um bebé é um acontecimento enorme, que altera a vida - provavelmente a maior experiência que se pode ter na vida, e ninguém deixa de ser afetado por isso. Pode ser bom pôr os seus sentimentos em palavras, falando com alguém; verbalizar as suas emoções e ordenar os seus pensamentos pode tornar mais fácil evitar ansiedade desnecessária. Os seus sentimentos também serão bastante individuais. Algumas pessoas aguardam o parto com curiosidade, enquanto outras sentem pânico só de pensar nisso. Se tiver tendência para esta última, pode ser útil visitar o hospital e ler sobre o alívio das dores e as fases do parto. Se a sua ansiedade se tornar avassaladora e afetar a sua vida quotidiana de tal forma que a limite, não tente lidar com isso sozinha. Existe ajuda disponível e o seu médico ou parteira é o primeiro passo. Eles podem fornecer informações sobre terapia para interromper padrões de pensamento negativos ou pô-la em contacto com um psicólogo que pode estar associado à clínica onde vai dar à luz. Em alguns locais, existem também clínicas especializadas em medos relacionados com o parto.

Parceiro

Apoiar a sua parceira

Preocupar-se com o parto é completamente natural, mesmo para o parceiro que se limita a dar a mão e a encorajar. Sem dúvida que terá pensamentos sobre a melhor forma de apoiar a sua parceira e como será ver alguém que ama a sofrer. Até certo ponto, terá de aceitar a sensação de que não terá controlo, mesmo que isso seja horrível. Mas há algumas coisas em relação às quais pode fazer alguma coisa. Informe-se sobre tudo, desde as fases do parto e o alívio das dores até como encontrar o caminho para o hospital. Estas são coisas boas que pode abordar desde já e, normalmente, quanto mais souber, menos preocupada ficará. Procure cursos de profilaxia e reuniões informativas nas clínicas de parto. As discussões em grupo com outros futuros pais também podem ajudar; falar com outras pessoas que estão em situações semelhantes pode muitas vezes responder às suas perguntas. Muitas pessoas acham agradável saber que não estão sozinhas no medo de desmaiar durante o parto, e é especialmente agradável saber também que é muito raro isso acontecer! Mas, por vezes, a informação e a aceitação da sua preocupação não são suficientes; pode ainda ser demasiado. Nesse caso, deve saber que, enquanto parceiro, pode também contactar o seu médico ou parteira para obter ferramentas para lidar com as suas preocupações, ou contactar uma clínica especializada em ansiedade relacionada com o parto. E lembre-se: a grande maioria dos bebés nasce completamente saudável!

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